Nojeira
Nojeira putrida
Que a nós todos nos inunda
E faz de cada um de nós
A ralé e o barro formadores dessa nossa estrutura
Vejo-me e me enojo
Sabendo das imundices que já cometi
E não podendo esquecê-las
Só posso me contentar em projetá-las para fora de mim
Acaso somente este que vos fala
É autor das incontáveis falhas
Que minha espécie condena
Mas que se exime de confessá-las?
Seria por ventura
Eu a criatura
Mais repugnante dessa loucura
Uma superestrutura que mantém tudo isso numa aparente ordem lúcida?
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