Divagações niilistas de um cético existencialista

Ando refletindo  Sobre os caminhos  Que venho percorrendo  Sem saber onde chegarei  Ao longo desta jornada  Percorri por várias estradas  Em busca de um sentido  Que me faça querer continuar resistindo  Não sou de ferro  Falho sem nenhum mistério  Perante os absurdos que se apresentam Nesta vida marcada por tantos contratempos Pois é  Isto que chamamos de vida significa  Um acúmulo de desgostos e fracassos  Que ensina a cada um como se deve conduzi-lá

Me desespero  Quando percebo  Que sou livre  Para fazer o que quero  Mas esse sentimento  Que resulta dessa conclusão  Não me liberta de mim mesmo  Mas me coloca dúvidas sem soluções  Se tudo posso  Mas isso não me acalma  Do que adianta  Gozar dessa dádiva  Queria não ter consciência  Ser uma simples ameba  Que não carrega consigo  A angústia da incerteza

De longe  Ele observa  Sua missão  De desbravar as terras ermas  É necessário  A civilização levar Para aqueles que ainda Não puderam dos seus feitos aproveitar  Não escolhemos Mas fomos eleitos  Para esta missão concluir  Com grande coragem e zelo Impavidamente  A vanguarda da espécie  Se lança teznamente  Na sua missão de educar os outros continentes

Livrai-me,ó Pai celeste  Daquilo que não sou capaz de controlar  Dos meus vícios mundanos Pereço esperando em Ti solucionar  Não sei a quem recorrer  Fugo de mim  Como satanás Foge da sua presença  Por que a isso me segue submeter? Se não há a quem temer Se sabemos que somente Ti Governa tudo que nos circunda  Não pretendo ser visto  Muito menos tratado  Como alguém que goza de algum tipo de privilégio  Mas única e exclusivamente um mortal sofredor  Aí de mim Que sofro Pois necessito da misericórdia  Do cordeiro de que pereceu no desterro....