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Mostrando postagens de novembro, 2025

Amanhã.......

Amanhã  Quando o dia raiar  Espero poder alcançar  Os planos e obrigações para em paz comigo ficar Sei que nem sempre  Somos agraciados  Com a conquista da meta  Mas desistir é uma opção dos que já se vêem como derrotados  Pode parecer arrogância Postular tal enunciado  Mas infelizmente a vida Oferece poucas chances aos que se colocam nesse estado  A jornada é sofrível  Injustiça e difícil  Não havendo nenhum indício  De que obteremos algum tipo de benefício  Por isso  Muitos se apegam a crenças e filosofias Pois necessitam de uma narrativa  Que lhes ofereça conforto e sabedoria

É

É, senhores  Pois é  Este que vos fala  É tido por muitos como um Zé Mané  Mas eis o que tenho a dizer Daqueles que mascaram suas vidinhas  Em igrejas, afazeres domésticos e não sei mais o quê  Tudo isso não passa de uma ficção  Que vocês criaram para ter pelo quê viver  Em suas rotinas mesquinhas Levam uma existência pequeno-burguesa  Mas se esquecem que a realidade  É muito mais complexa que toda essa merda  Se escondem atrás de papéis  Achando que assim estão seguros Mas posso garantir aos senhores  Que nada e nem ninguém os livrarão dos perigos deste mundo

Me joguei

Me joguei  Toda minha confiança depositei  Mas o saldo advindo de tal atitude  Se resumiu a um fracasso onde não há segunda vez Não fui o último e muito menos o primeiro  A dar voz a àqueles que em tese  Desejam meu bem-estar por completo  Mas que lá no fundo não torcem pelo seu sucesso  Um recalque ou medo subjacente  Permeia o subconsciente dos "conhecedores" da vida  Todavia, não notam a tolice do conteúdo  Que exprimem ao exporem sua versão de como ela deve ser vivida e sentida  Não os culpo  São incautos guiados pelo que lhes foi dito  Na infância e adolescência  Acreditando piamente na veracidade de algo que hoje não faz mais sentido

No recanto

Lá no canto  No recanto  Os pássaros cantam  E eu no canto da parede descanso  Pulo o muro Mas tudo se encontra escuro  Busco uma saída  Mas só vejo muros e mais muros Talvez num outro recanto  Haja o que no meu íntimo esteja faltando  Um pingo de sentido e brilho  Daqueles belos campos  Todavia  Se porventura a promessa  Que decerto acreditei  Não se consumar Retornarei ao meu canto e nele chorarei

Conclusão

Chego a alegre conclusão De que de fato não tenho vocação  Para fazer parte de grupos  E isso é um alívio e uma libertação  A verdadeira alma  Aquela que não deseja enganar a si mesma Não deve se encontrar no meio da multidão  Pois o ruído das massas destrói sua essência Agradeço ao destino As circunstâncias e a vida Por constatar aquilo que em meu coração  Já era uma suspeita nítida  Quando a intuição se manifesta  Ela expõe os fatos tal como eles são  E não há titubeios ou narrativas  Que possam retardar a verdadeira e única versão

Me aborreço

Me aborreço  Diante da inabilidade  de ser capaz de controlar  Essa força do id que me faz ser essa besta selvagem  Em busca do momentâneo  Do efêmero e do mundano Mas quem nunca se satisfaz  Em atender seus baixos planos  O segredo para viver  Se é que ele existe  Consiste em viver na simplicidade  E levar uma existência humilde  Não adianta esbravejar E a sociedade e o mundo culpar  Pois você é parcialmente culpado  Por nesta situação se encontrar

Me perco

Nessas idas e vindas Que a vida me proporciona  Me vejo andando em círculos  E me perco tentando buscar uma rota Clara e objetiva  Sóbria e cristalina  Onde não haja dúvidas  Que me façam cair em armadilhas Se perder neste mundo  É o aspecto mais latente  Dessa nossa espécie carente  Vivendo em busca de uma paz perene  Mas acredito, lá no fundo  Que tal anseio de encontrar-se por completo  Jamais foi por nenhum de nós alcançado  Pois a falta é o que nos faz continuar em movimento

Não vejo

Não vejo nada adiante Tudo está em branco  Pois cabe a mim iniciar  A longa jornada que realizará meus planos Carecer de uma visão clara Do que ainda se quer Só revela um ser sensível e cauteloso Que necessita de um tempo para saber viver  Mas quem neste mundo De fato sabe o que é a vida Se cada um trilha seu próprio caminho  E por meio dele cria sua própria mentira? Criamos fantasias Para não vermos a realidade  E acreditamos que com elas Podemos alcançar a verdade e a felicidade

Ingenuidade

Ingenuidade  Acho risível que alguns se vangloriam Dos seus feitos libidinosos  Como se isso fosse alguma espécie de trunfo  Vangloriando-se de um ato tão simplório  Além disso, presumem toscamente  Que por terem experimentado tal ato  Gozassem de alguma espécie de vantagem  Esquecendo-se não serem eles os únicos a saberem de tal fato Mas, lamentavelmente  Alguns pobres infelizes  Por padecerem de alguma qualidade ulterior  Se regozigam das suas desventuras medíocres  A ingenuidade que proferem  Atestam sua pequenez espiritual  Não restando outra alternativa  A não ser se compadecer de sua miséria existencial

Você

Você  Sim, você mesmo Que me seduziu  Me induziu  Mas no fim me iludiu  Você  Que dizia me amar  Plantava em meu coração o desejo de ter amar Só que não percebi que você só queria me usar Você  Foi a maior das decepções  Uma paixão onde não houve retribuição  E agora me vejo partido por ter percebido suas reais intenções  Você  Feriu minha alma Brincou com meus sentimentos  Por isso não mais desejo tê-lo em meus pensamentos