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Mostrando postagens de outubro, 2025

Não sou

Não sou Já fui Quem sou? Nada além de luz  Vim sem querer  Permaneço por querer  Mas quando não não mais suportar  Em breve partirei  Ser Ah,ser o quê? Se neste mundo de aparências  Ser signica ter? Não quero  Um falso eu apresentar  Pois neste mundo de máscaras  Ser autêntico ofende quem vive de estar Pretendo alcançar  Quem sabe um dia Alguém me tornar  Mas isso já não seria querer me mostrar?

Estou

Estou tossindo Estou me expremindo  Não, não  Estou apenas expelindo  A podridão que carrego O acúmulo dos intrépidos  Que na sua sanha de poder Se vêem incapazes de se contentar com o médio  Sim,o médio  Daqueles pobres medíocres  Que,assim como eu,se conformam  E caminham rumo a eterna mesmice  Mas há aqueles Que dobram a esquina E contemplam uma saída  Para além dessa nossa vida maldita

Desculpas

Peço desculpas  Se em algum momento  Fui rude, indiferente ou nojento  É que às vezes somos vítimas dos desejos  Mas preciso aprender com Kant Que o outro não deve ser usado  Mas,pelo contrário,devo enxergá-lo  Como alguém que merece ser respeitado  Me envergonho das inúmeras vezes Em que me aproveitei da boa vontade  Daqueles que foram solidários  Mas minha intenção visava somente satisfazer meus instintos mais baixos Espero que aqueles Que,de alguma forma,se sentiram usados ou lesados  Possam algum dia perdoar este pobre diabo  Que,assim como vocês,padece do mesmo pecado

Sem título

A poesia ou poema em questão  Não possui um título  Pois não encontrei nenhuma palavra que definisse  Meu estado de espírito  Sozinho no quarto  Medito e constato  Que todas as minhas aventuras e amizades  Não passaram de uma fútil tentativa de fugir de um eu que rejeito Minha inconstância de não conseguir me adequar  Ao modo como este mundo funciona  Acredito que traduz meu inconformismo  De não ser capaz de suportar viver uma vida sem sentido  Me esforcei por demais para me encaixar Mas há algo dentro de mim que me impede De encontrar nesse sistema esta necessidade  Doar-me por inteiro sem se angustiar

Diante

Diante de Ti Estendo minha mão  E peço perdão e redenção  Para que os pecados que carrego não me coloque no chão  Diante de Ti Suplico dolorosamente  E como um trapo imundo Estendo a mão e imploro que ouça minhas preces  Diante de Ti Venho pedir Para que o Senhor me dê forças  Para que com ela possa atravessar essa nova jornada de minha história Diante de Ti  Não sou nem ousei ser ninguém  Mas sei que como um Pai justo e amoroso  Por mais que este que vos fala não seja digno Atenderá aos gemidos de um pobre e assustado filho