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Mostrando postagens de junho, 2024

Anjo querido

Anjo da guarda  Por onde andas O que fazes por aí  Por acaso esqueceste de mim Venho até ti  Com um pedido  Proteja-me dos iniquios  E daqueles que não querem o meu bem Conduza-me neste vale de lágrimas Que reúne tantos paradoxos  Onde o certo é mal-visto  E o errado parabenizado Clarifique minha razão  E não permita que eu caia em tentação  Pois as delícias que o mundo oferece  Amolecem meu coração

Carrascos de Lúcifer

Vem ao meu encontro  Todas elas juntas  Me condenar de práticas e decisões Que já ficaram para trás  Vozes que me punem  Pela falta de prudência  Que poderia me salvar  E hoje não me atormentar  Não recuam diante de nenhuma chance  De lançar mão de seu modus operandi  Eficaz até certo ponto  Mas que no fim irá fracassar  Tais vozes julgadoras  Oriundas do superego que projeta Um ideal de ser e de viver  Que no exame da realidade não se sustenta

Vozes julgadoras

Vem ao meu encontro  Todas elas juntas  Me condenar de práticas e decisões Que já ficaram para trás  Vozes que me punem  Pela falta de prudência  Que poderia me salvar  E hoje não me atormentar  Não recuam diante de nenhuma chance  De lançar mão de seu modus operandi  Eficaz até certo ponto  Mas que no fim irá fracassar  Tais vozes julgadoras  Oriundas do superego que projeta Um ideal de ser e de viver  Que no exame da realidade não se sustenta

Desmancho

Me desmancho  Quando sinto  Que o tempo está passando  E com ele vão embora todos meus planos  Me desmancho  Quando percebo  Os lugares e corações  Que ainda não tive o prazer de desbravar  Me desmancho  Com a constatação  Das coisas que prometi a mim mesmo  E não pude ou não quis realizar  Me desmancho  Ao perceber  Que a sabedoria do tempo só vem  Para os que verdadeiramente souberam aproveitar

Observo

Da janela observo  As pessoas trafegam  Rumo aos seus destinos Sem apontar para onde vão  Observo seus rostos Sérios e cansados  Inexpressivos em meio ao caos urbano  Refletem o espírito cotidiano que toma a cidade  Observo de longe  Não há interação  Pois os objetivos que os norteiam  Não se alimentam de uma genuína relação  Observo o vai e vem Contemplo o dia passar  Me encho de uma doce esperança  Das alegrias que o amanhã me reservará

Declaro

Me declaro  Sob a mira dos arautos E deles me acovardo  Caso não atinga o alvo  Olhando ao redor  Declaro-me sem pretensão  Pois não há coisa mais séria  Que entregar a qualquer um meu coração  Declarar-me  Para um transeunte desatento  O que me coloca em movimento  Me causaria um profundo alento  Declarando-me  Expurgo os sentimentos  Que castigam meus pensamentos  E me impedem de continuar

Doce Amargo

Ah, café  Tu me cativas  Por onde minha alma transita  Lá está ti com seu aroma inconfundível  Sem ti Não sei o que faria  Tu me ofereces  A energia para enfrentar o dia Suas propriedades  São inúmeras  Mas a principal delas Reside no despertar das almas sonâmbulas Viva o café  Esta bebida sagrada  Que alegra nosso ser E nos dá vitalidade de sobra

observa

De longe  Ele a observa  E com seus olhos  Penetra  De maneira singela  Querendo atingir  Seu alvo  Sem o menor receio de não conseguir  Eis que aqui A procura está  Daquela a quem sem medo Todas as suas mágoas e sequelas irá confessar

O que faço

O que faço  Ouvindo os ruídos  Dos transeuntes calçados  Que correm em busca do que não podem alcançar  O que faço  Se olhando para os lados Não encontro o ponto máximo  Que pode me salvar  O que faço  Se perambulando pelas vias e bosques Tropeço diante de tantos nós  Que essa trágica existência gosta de me reservar O que faço  Se parado fico O tormento vem  Por isso corro sem pensar em mais ninguém

Maldade Humana

Enquanto escrevo esses versos  Penso naqueles que sofrem sem razão  Haveria alguma resposta  Que explicasse tamanha provação? Das vítimas de assassinato  Das crianças abusadas Dos sequestrados torturados E de tantos outros que nem dá para imaginar  Muitos recorrem às escrituras  Tentando encontrar uma resposta Outros nos grandes pensadores  Mas a questão ainda permanece sem uma reviravolta  Será que essa é a nossa condição  Praticar o mal por prazer  Infligir dor no próximo  Sem sequer por um instante se colocar na sua situação?

Penso

Penso no que fazer Daqui para frente  Para tentar resolver  Meu vários afazeres  Não posso me acovardar  E do mundo escapar  Pois pertenço a ele E dele não posso me ausentar  Preciso criar forças  E as armadilhas e adversidades enfrentar  Mas não hei de criar uma persona  Que ignora os medos e angústias que irão me acompanhar  Rezo e peço  Para a energia vital Que me conceda discernimento e sabedoria  Para os males do cotidiano enfrentar

Solteiro

Vivo solteiro  Largado na multidão  A espera de alguém  Que preencha meu coração  Não sou exigente  Só peço a pessoa pretendente  Que não desperdice meu tempo Com promessas vagas e propostas indecentes Assim como qualquer outro  Tenho defeitos e um humor oscilativo  Mas nada que altere minha essência  De ser alguém empático e prestativo Como solteiro  Me compareço dos viúvos e divorciados  Pois assim como eles Sei o que é não ter alguém ao seu lado